My CMS
Arquivo2

VALE A PENA LER DE NOVO – Rompimento dos Grilhões

O texto “Rompimento dos Grilhões”, apesar de ter sido publicado em 04 de julho de 2016, nunca foi tão adequado ao momento.

Dado a luta dos Gestores do Fisco na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em que os integrantes da carreira precisam enfrentar e combater investidas vis e desleais, baseadas em mentiras e suposições, o SINFFAZFISCO republica o artigo em que a analogia de uma obra de Quentin Tarantino e o ambiente segregacionista na SEF faz todo o sentido.

Releia o texto abaixo, compartilhe e conscientize os colegas:

ROMPIMENTO DOS GRILHÕES

“Deixe a liberdade ecoar.” 
Cristoph Waltz, em Django

O polêmico gênio do cinema, Quentin Tarantino, presenteou-nos em 2012 com uma obra que, além das performances que beiram a perfeição, consegue criar e juntar numa única película dois assuntos que sempre eram tratados como temas distintos por Hollywood: faroeste e escravidão. O filme em questão é Django Livre (Django Unchained). É sobre esse tema que discorreremos um pouco, traçando um paralelo com a nossa Fazenda, que insiste em perpetuar esse modelo escravagista.

O longa nos traz alguns personagens muito conhecidos no nosso cotidiano da SEF. Mostra-nos a forma subumana com que eram tratadas as pessoas, simplesmente por causa da pigmentação da sua derme.

Assim como na SEF, os escravos faziam quase todo o trabalho, enquanto os senhores brancos simplesmente os ignoravam. A violência se faz necessária na obra para retratar com fidelidade os absurdos sofridos pelos trabalhadores negros da época.

Alguns vassalos podiam frequentar a casa grande, como o personagem Stephen, magistralmente interpretado por Samuel L. Jackson, totalmente submisso e sem personalidade alguma, tendo ele, Stephen, absorvido as características de seu dono, Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), que consegue transmitir, em poucas cenas, toda a arrogância, soberba e maldade do senhor dos escravos.

É sabido que existem vários Stephens entre os Gestores e também inúmeros Calvins na SEF. Somos muito bem aceitos pelo outro sindicato da SEF, desde que sejamos o que, pejorativamente, DiCaprio trata no filme como “os negrinhos da casa grande”. Há um preconceito enorme por causa da cor da nossa cútis (nossa carreira) por parte dos dirigentes daquele sindicato. E mais: alguns gerentes e colegas, mesmo sabendo quem realmente faz o trabalho na Secretaria e da importância do cargo, só nos querem como o personagem de Samuel L. Jackson, nada mais que isso.

Mas, além de termos um Dr. King Schultz entre nós (na diretoria), tornamo-nos Djangos e sabemos muito bem a nossa importância. Descobrimos nossa força, quebramos os grilhões que nos prendiam e conquistamos nossa liberdade, portanto, queiram ou não, terão que aprender a conviver com os libertos e aceitarem os irmãos siameses que somos.

A educadora baiana, Makota Valdina, ensina-nos muito com duas frases celebres: “Não sou descendente de escravos. Descendo de seres humanos que foram escravizados” e “É preciso ser sujeito e não objeto”.

Temos orgulho de pertencer a esse mundo (SEF). Orgulhamo-nos mais ainda da cor da nossa pele (funções e atribuições) e não serão preconceitos imbecis – tão comuns e barbaramente aceitáveis no século XVIII – que irão impedir a nossa luta e a nossa inevitável vitória. No mundo moderno há pouquíssimo espaço para leviandade, idiotices, crueldades e cegueiras deliberadas, a fim de camuflar a realidade cravada na “nova” lei de carreira. 

A DIRETORIA

Related posts

Diretorias Regionais comemoram o 27º aniversário do SINFFAZFISCO

Leandro 4infra

SINFFAZ promove Encontro Regional em Belo Horizonte para elaboração de Anteprojeto da LOAT Mineira

Leandro 4infra

SRH cria novos canais de atendimento para servidores ativos e aposentados

Leandro 4infra

Leave a Comment