As nomeações dos concursados, previstas para este ano, não mais ocorrerão. Motivo? Não há orçamento. Simples assim. Uma situação no mínimo esdrúxula. Como uma secretaria promove um concurso e não se preocupa com a previsão orçamentária? Coisa de amador. Será que os administradores da SEF acharam que iriam empurrar goela abaixo da SEPLAG, as nomeações mesmo não estando previstas no orçamento? Será que a administração da SEF está mesmo preocupada em nomear novos Gestores e acabar de vez com essa ilegalidade que é a contratação de servidores municipais e outros?
Enquanto isso, contribuinte envia carta a jornal da capital reclamando da falta de fiscalização e de atendimento na Secretaria de Fazenda. Veja abaixo:
Sacolão no Gutierrez não emite cupom fiscal
Coraci Queiroga de Aguair, Belo Horizonte.
Parece que a Secretaria do Estado de Minas Gerais está com os cofres bastante abarrotados, não precisando arrecadar recursos e transformá-los em assistência social para a população. Fiz várias denúncias junto a Secretaria de Estado da Fazenda sobre um grande sacolão localizado no Bairro Gutierrez, que não emite o cupom fiscal. A primeira denúncia já tem mais de dois meses e, até hoje, a situação continua a mesma. Quando ligo para a secretaria, dizem que um dia a fiscalização irá lá. E, pasmem, pedem que eu continue telefonando. Um dia! Até quando? E nós, contribuintes e teimosos eleitores, com cara de palhaço.
Caderno Opinião. Jornal Estado de Minas, Belo Horizonte, 20 out. 2007, p. 8.
A carta do contribuinte, que a SEF insiste em chamar de cliente, suscita, no mínimo, duas questões:
1- Porque há tantos fiscais nos Órgãos Centrais ocupando e exercendo as atribuições dos Gestores em vez de estarem fiscalizando?
2- Em uma gestão que coloca como um de seus principais objetivos o atendimento ao público, pergunta-se: quem está fazendo esse atendimento? Existe algum comprometimento com o serviço público por parte do atendente? O atendente foi devidamente treinado? Quem faz este treinamento?
São questões que devem ser pensadas com mais seriedade.
Diva Jannotti
Presidente do Sinffaz