Servidores de Uberlândia produzem moção contra orientação do superintendente para corte da nota da ADI dos colegas da AF que participaram das paralisações conjuntas
Indignados com a atitude do superintendente regional de Uberlândia, Esly Rocha, que expediu orientação determinando o corte da nota da Avaliação de Desempenho Individual (ADI) dos servidores da AF que participaram das paralisações conjuntas, os servidores da AF, DF e DFT Uberlândia redigiram moção condenando a atitude. O documento foi assinado por 83 servidores e entregue hoje no gabinete do superintendente. Os dirigentes sindicais das categorias da SEF/MG já articulam o encaminhamento de cópia do documento para a Seplag e núcleo político do governo.
Na moção os servidores contestam argumento apresentado pelo superintendente de que a medida decorreu de sua preocupação em garantir a não interrupção do atendimento ao público dizendo que esta justificativa não se sustenta, pois, se assim o fosse, sua orientação deveria ter sido dirigida a todos os servidores da regional e não apenas aos das administrações fazendárias, uma vez que os servidores das DF e DFT também realizam atendimento público.
Os servidores criticam a iniciativa do superintendente de punir alguns servidores que decidiram participar de uma ação de mobilização decidida e de responsabilidade não apenas desses servidores penalizados, mas do conjunto dos servidores da SEF/MG, representados pelos seus sindicatos. “Essa orientação nos causa ainda mais perplexidade por se configurar assédio moral de um superior hierárquico a servidores detentores de cargos em comissão de avaliação de desempenho de servidores, o que coloca em xeque a lisura e a justiça do processo das ADI. Pois, não encontramos na legislação da ADI abertura para que superiores hierárquicos dos membros das comissões de avaliação atuem antecipadamente para direcionar as decisões das comissões”.
As diretorias do SINFFAZFISCO, Sindifisco-MG e Sindipúblicos-MG ressaltam que a orientação expedida pelo superintendente de Uberlândia se configura como conduta antissindical. Os dirigentes sindicais estão acompanhando o caso e esperam que a decisão seja revista lembrando que, caso a orientação não seja revogada, as entidades adotarão as medidas cabíveis.
Clique aqui para ler a moção redigida pelos servidores de Uberlândia