My CMS
Arquivo

Minas no topo da lista negra

“É uma vergonha! A Secretaria de Fazenda tem em seu quadro funcional, servidores concursados e altamente qualificados com a missão de promover a arrecadação de tributos, contribuindo para trazer receitas aos cofres públicos, mas infelizmente estão subutilizados”, disse a vice-presidente do Sinffaz, Brígida Maria Colares, após ler a reportagem exibida no site www.em.com.br de 11 de novembro, entitulada “MP descobre rombo de R$ 1,5 bilhão em operação contra sonegação fiscal em 22 estados”. Segundo ela, o governo de Minas precisa entender que tem o apoio dos Gestores Fazendários no combate a concorrência desleal e a consequente sonegação. Mas desde a implementação da lei no início de 2005 que mudou a competência do Técnico de Tributos Estaduais, o TTE, por coincidência, o governo mineiro vem sofrendo com a perda de receita e ocupando o topo do ranking de sonegação do país. Para Brígida, a saída coerente para reverter a situação dos cofres públicos, seria resgatar ao GEFAZ a competência que lhe foi tirada, ou seja, de fiscalizar e constituir o crédito tributário (autuar) para o Estado. Aí sim, a massa de sonegadores, os comerciantes que operam na informalidade, enfim, os praticantes da concorrência desleal, passariam a ser alvo da fiscalização. Isso hoje não está sendo feito pelos Auditores Fiscais, pois a presença deles é restrita a poucas cidades mineiras, 15 ao todo, um número muito pequeno, quase insignificante perto dos 853 municípios. Para o Diretor do Sinffaz Marcus Bolpato, o estado é enorme, maior que países do território europeu, por exemplo, além dos milhares de quilômetros de rodovias que o cortam e as imensas fronteiras que fazem de Minas um estado-ilha cercado de outros estados por todos os lados. Todas essas condições, grande dimensão territorial, 853 cidades, milhares de quilômetros de rodovias, imensas fronteiras, concentração dos Auditores e da Fiscalização em 15 cidades conjugadas com a subutilização da mão de obra qualificada dos Gestores Fazendários, resultam nesse quadro atual de dificuldade de caixa para o Governo honrar o seu compromisso financeiro com os servidores e de Minas ser o campeão em sonegação. Para ele é preciso a presença efetiva e eficiente do Fisco mineiro coibindo a prática da concorrência desleal e incentivando a legalização de quem não abre uma empresa mas concorre vendendo os mesmos produtos, com aquele que tem funcionário registrado, recolhe corretamente os impostos e está sendo extremamente prejudicado como empreendedor (sua empresa em risco), contribuinte (injustiçado diante daquele que sonega), empregador (injustiçado perante a informalidade) e cidadão (com a afetação negativa na aplicação das políticas públicas na educação, saúde, segurança e transporte).

 

Related posts

Ouvidoria Geral faz convênio com Tribunal de Justiça

Leandro 4infra

Governo solicita empréstimo para cobrir queda da arrecadação

Leandro 4infra

Contribuinte pode parcelar débitos com ICMS em condições especiais

Leandro 4infra